Prof. na área para mais um artigo aqui no blog da VCreditos! Dessa vez vamos conversar sobre um método bem controverso, oriundo de modalidades dos cassinos, chamado Martingale. Vários apostadores usam ou pensam em usar essa estratégia nas apostas esportivas. Será que vale a pena? Venha conosco e tenha uma excelente leitura.
O Martingale é uma técnica que parte do pressuposto de que, à cada investimento perdedor, mais próximo se está de obter uma vitória. Justamente por isso, sua ideia central é que o apostador, para cada derrota que tiver, dobre o investimento subsequente.
Crie sua carteira virtual na VCreditosCADASTRE-SESuponhamos que alguém trabalhe com stake de R$10,00. Seguindo o Martingale, caso tenha um red, essa pessoa deverá dobrar a próxima entrada, alocando R$20,00. Outra derrota? A aposta seguinte será de R$40,00. E assim sucessivamente. R$80,00, R$160,00, R$320,00…
Teoricamente, quando tiver um green, o apostador conseguirá recuperar tudo ou boa parte de tudo o que foi perdido até ali, já que, para cada vez que perder, o investimento será dobrado. É comum ver essa estratégia ser usada, por exemplo, na roleta.
O grande problema é que, nas apostas esportivas, os resultados anteriores em nada se relacionam com a próxima bet. Cada evento acontece de forma independente dos demais.
Vamos ao tradicional exemplo do jogo “cara ou coroa”, muito conhecido por quem estuda probabilidades. Ao lançar uma moeda para o alto, temos iguais chances de que o resultado seja uma cara ou uma coroa (50% cada), certo?
Suponhamos que, por obra da aleatoriedade, dez lançamentos de moeda consecutivos terminem em coroa. Quais as probabilidades de que o 11º lançamento também seja uma coroa? Resposta: continua sendo 50%, independentemente dos resultados anteriores. Cada vez que a moeda é lançada é única e não se relaciona com jogadas pretéritas.
Eventos esportivos também são assim. Em apostas, por exemplo, com odds justas @1,80 (probabilidade real de aproximadamente 55,56%), caso um apostador consiga um resultado de dez vitórias seguidas, isso não muda o fato de que o evento subsequente continua tendo 55,56% de chance de green.
Feita essa introdução falando sobre os números, percebemos facilmente o motivo pelo qual a utilização de Martingale nas apostas esportivas não é recomendável, por não ser nada segura para o apostador.
Se a cada derrota as chances da próxima aposta permanecem as mesmas (como vimos que é), nada garante que o resultado de dez, quinze, ou até vinte + entradas consecutivas não seja de derrota. Lembramos que, pela lei dos grandes números, a repetição é o que faz com que as probabilidades convirjam para fatos no mundo real.
Ou seja, mesmo que seja extremamente improvável obter 15 reds seguidos em odds médias justas próximas a @2, o volume fará com que, em algum momento, isso aconteça. O mesmo vale para resultados positivos em sequência.
Sabe o que isso quer dizer? Caso permaneça apostando ao longo de alguns anos, com um volume razoável de entradas, é bem provável que, em algum momento, o apostador vivencie a improvável sequência negativa.
Por outro lado, ao dobrar o stake em cada derrota, temos um efeito “bola de neve”, semelhante ao que nas finanças chamamos de juros compostos, fazendo com que o valor apostado suba estratosfericamente a partir de um certo ponto. Quer ver na prática? Voltando ao exemplo dos R$10,00 de stake inicial, realizando-se uma dobra à cada red, a décima aposta será de R$5.120,00.
Note o poder de multiplicação que isso tem. Dificilmente alguém que usa unidades de R$10,00 terá uma banca igual ou maior que R$5.120,00, sem contar tudo o que foi perdido até então. Em bom e claro português, o apostador terá quebrado a sua banca e muito provavelmente sequer chegará a fazer essa décima aposta.
Juntando tudo o que abordamos até aqui, temos um problema. Se, pelo volume, a obtenção de uma forte sequência negativa em algum momento é quase certa, e se uma banca não resiste a muitas apostas perdidas no método Martingale, logo, a quebra de banca é questão de tempo utilizando essa metodologia.
Pode demorar anos, mas uma hora vai acontecer. E, quanto mais alto tenha-se chegado até então, maior será a queda. Pode ser que, quando a quebra ocorrer, o apostador perca o resultado de anos de trabalho árduo.
Acho que, à essa altura, já podemos falar que não vale a pena, não é mesmo? Essa metodologia parte de uma falha na análise das probabilidades sob a luz da lei dos grandes números. Um equívoco que pode custar muito caro a um desavisado que decidir utilizá-la.
O verdadeiro caminho duradouro rumo à lucratividade nas apostas é uma junção entre extração de valor (+EV) e uma gestão de banca segura. E isso, definitivamente, o Martingale não é. Deixemos essa prática para os frequentadores de cassino, onde ela, quem sabe, faça algum sentido (tenho minhas dúvidas).
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